Mercedes-Benz Classe B, menos mãe e mais mano, inaugura área premium a R$ 115.900

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A Mercedes-Benz apresentou na noite de quarta-feira (3) a nova geração do monovolume Classe B, que chega ao Brasil nos próximos dias para ser uma das atrações da marca no Salão do Automóvel de São Paulo (a partir de 24 de outubro). Quem quiser levar o carro para a garagem antes, porém, poderá fazê-lo já nas próximas semanas. Mas terá de assinar um cheque maior do que o atual: os preços iniciais variam de R$ 115.900 R$ 129.900.
O Classe B vendido até então no Brasil tinha aspecto de "carro de mãe" e visual de sino , no qual o carro cresce em direção ao teto. O assoalho elevado (do tipo "sanduíche", com a base onde ficam os ocupantes montada sobre o conjunto motriz) criava um degrau no momento de acessar a cabine ao mesmo passo em que subia o posto do motorista em relação ao mundo exterior. Seu preço orbitava de R$ 94.454 a R$ 148.440. Tudo passado.
novo Classe B tenta ser um hatch, embora ainda siga preceitos de monovolume; a Mercedes o chama de Sports Tourer -- um carro familiar com alguma esportividade e maior versatilidade, marketing para atrair não apenas mães de família, mas jovens casais e turma de amigos endinheirados. Preços e o nível de equipamentos também mudaram:
- B 200 Turbo: R$ 115.900
Traz de série direção elétrica paramétrica (ou adaptativa, mais leve em manobras, mais firme em alta velocidade); câmbio automático 7G-DCT, de dupla embreagem com sete marchas e alavanca na coluna de direção; rodas aro 16; spoiler traseiro; sete airbags e pacote de segurança com freios adaptativos (unifica ABS, EBD, ESP, controle de tração e aceleração, auxílio em aclives, pré-carga quando o carro não está em aceleração, função Hold quando o carro está parado); monitoramento da fadiga do motorista; e assistente de estacionamento.

- B 200 Turbo Sport: R$ 129.900
A aposta da Mercedes, com pacote de série para peitar rivais maiores (até mesmo SUVs). Saem as rodas aro 16, entram as de 18 polegadas na cor preta ou cromada; suspensão 4 centímetros mais baixa, mas com amortecedores auto-ajustáveis (McPherson na dianteira, independente na traseira); ponteira dupla de escape; difusor traseiro; freios com disco perfurado e pinça pintada em cinza; cromados externos; detalhes internos metalizados no padrão colmeia; ar automático; pedaleiras de aço escovado; pacote de iluminação interna de LED; revestimento de painéis de porta, volante e bancos de couro; e tela central de quase 16 polegadas, que apesar do tamanho não traz GPS -- o teto solar também faltou e, diz a Mercedes, deu espaço a conjunto óptico com faróis bi-xênon e LEDs (diurno nos nichos do para-choque e de estilo no interior do conjunto óptico, repetidores de seta dos retrovisores e nas lanternas).

Com a mudança de estilo e de patamar, os alemães esperam entregar cerca de 200 carros por mês no que resta deste ano -- um total de 500 unidades no apagar das luzes de 2012. A estimativa será revista na virada para 2013 -- leia-se: será modificada de acordo com as regras que passarem a vigorar com o novo regime automotivo e o final do corte no IPI. A maioria (90%) será da versão Turbo Sport, a mais cara e recheada. Ainda assim, há um programa de financiamento para o B 200 Turbo com entrada de 60% e 36 parcelas de R$ 1.800.

ALMA NOVA
A motorização do Classe B 2013 também é nova e embarca na atual tendência de downsizing: o motor 1.6 (1.595 cc) reage como um 2.0 (como o nome B 200 até sugere) por conta da ação do turbo e da injeção direta de gasolina, gera 156 cavalos de potência com torque de 25,5 kgfm, mais plano, atuante desde os 1.250 giros. Aliado ao câmbio automático DCT (de dupla embreagem) com sete velocidades, que substitui o antigo câmbio CVT (de polias que simulavam "marchas infinitas"), promete mais gana ao toque do acelerador com consumo informado ao Inmetro de até 10 km/l na cidade.

Esta marca até poderia ser mais generosa, mas a Mercedes preferiu divulgar dados conservadores por levar em conta a baixa eficiência da gasolina nacional -- ruim a ponto de "barrar" a chegada de blocos ainda mais modernos, com injeção direta estratificada de combustível, feita em spray. Ainda assim, é bom perceber que, pela primeira vez, informa-se uma média feita localmente e com base nas normais do Inmetro, prática que se tornará comum com as novas exigências do governo. Não à toa, também, o novo Classe B foi apresentado à imprensa brasileira pelo CEO global da Mercedes, Dieter Zetsche, em rara visita de um executivo desta estirpe ao país.

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