Silicone sem mistério

{[['']]}
A notícia da retirada de duas marcas de prótese do mercado assustou quem já fez a cirurgia para aumentar os seios e jogou um balde de água fria em quem planejava fazer. Será que vale a pena recorrer ao bisturi para turbinar a comissão de frente? O procedimento é seguro? 

A polêmica da prótese
O que era sonho – de seios turbinados sem complicação – quase virou pesadelo no fim do ano passado para milhares de mulheres no mundo inteiro: a descoberta de que as próteses da terceira maior fabricante mundial, a francesa Poly Implants Protheses (PIP), estavam adulteradas – em vez de silicone médico, eram recheadas com silicone industrial – deixou em pânico cerca de 500 mil usuárias no mundo, 12500 delas no Brasil. A substância contida nos implantes da marca, imprópria para esse fim, aumenta em sete vezes o risco de ruptura e se espalha facilmente pelo corpo, causando inflamações. O alto índice de rupturas dos implantes da PIP na França levou as autoridades daquele país a proibirem sua comercialização em 2010. No mesmo ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a importação e a venda dos produtos da fabricante por aqui. Quando a fraude ficou comprovada, em dezembro do ano passado, a agência cancelou o registro da PIP. Quinze dias depois, a proibição se estendeu à empresa holandesa Rofil, que comprava material fornecido pela PIP. Esse escândalo lançou dúvidas sobre uma das intervenções cirúrgicas mais populares no país – a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) estima que 1,5 milhão de brasileiras tenham implantes de silicone nos seios. “O que houve foi um caso de polícia, não há razão para desconfiar da técnica”, diz o cirurgião plástico Antonio Graziosi, ex-presidente da Regional São Paulo da SBCP, referindo-se ao fato de que o dono da PIP reconheceu no tribunal francês que sabia da qualidade inadequada do silicone que usava, e que o comparava porque era mais barato. Antonio Graziosi adverte, porém, que não se deve banalizar a cirurgia. “Ela precisa ser indicada corretamente e cumprir uma série de cuidados para ser bem-sucedida.” A seguir, você descobre como reduzir ao máximo o risco de ter problemas e o que fazer caso carregue no peito uma dessas próteses banidas.

99% - Índice de satisfação um mês depois da colocação de silicone – pesquisa com 450 mil mulheres publicada na revista científica Annals of Plastic Surgery. Seis anos após o procedimento, 95% delas mantinham a mesma opinião.
Share this game :

Nenhum comentário:

Postar um comentário