Conheça os produtos de beleza que toda grávida pode usar

{[['']]}

Nem só de óleo de amêndoa vive a beleza das grávidas. Descubra os cosméticos que você pode continuar usando e quais precisam ser incluidos nos seus cuidados diários.É verdade que a gravidez conspira a favor da beleza (os cabelos, por exemplo, ficam lindos e brilhantes), mas também traz problemas que exigem cuidados específicos. Tudo em função dos hormônios que entram em cena e causam reações que variam para cada grávida. Para algumas mulheres, a pele fica sensível, seca e sujeita a alergias. Para outras, oleo sa e propensa a acne. A microcirculação sanguínea também aumenta, favorecendo a absorção dos ativos. Sem falar na sensibilidade aguçada para cheiros, que pode tornar insuportável até mesmo aquele perfume predileto. “Nessa fase, a mulher tem que rever os cosméticos que usa e substituir alguns por versões mais suaves ou específicas para gestantes”, diz o farmacêutico e cosmetólogo Maurício Pupo, de Campinas, coordenador do curso de pós-graduação em cosmetologia da Universidade Camilo Castelo Branco, em São Paulo.

Na lista de restrições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão três substâncias: cânfora, ureia acima de 3% e chumbo, figurinhas carimbadas em creme para pernas e pés, hidratantes corporais e coloração, respectivamente. “A cânfora pode ser tóxica, causar defeitos no feto e até abor to, de pendendo do tempo de exposição”, afirma o obstetra Márcio Coslovsky, do Rio de Janeiro, especialista em reprodução humana. Quanto à ureia, há estudos mostrando que ela atravessa a barreira placentária, a grande protetora do bebê, podendo prejudicar a formação e o crescimento dele. “Além disso, o ativo é um bom carreador de substâncias que não deveriam entrar na pele, como os conservantes”, completa Pupo. Já o chumbo, de acordo com a dermatologista Carla Góes Souza Pérez, de São Paulo, autora do livro Grávida e Bela (Ediouro), mesmo em baixa concentração, pode interferir no metabolismo, aumentar a pressão arterial e causar intoxicações na mãe, com prejuízos para os rins e os sistemas nervoso e cardiovascular. Os efeitos dependem do período de uso e da sensibilidade de cada mulher. “Também para o bebê, os perigos do contato com esse metal pesado são muitos, incluindo retardo mental, convulsão e até morte”, alerta Coslovsky.

Bye, bye aos ácidos
Nossos especialistas engrossam a lista do trio proibido pela Anvisa com outros ativos que também podem ser nocivos para mãe e bebê. Os ácidos, encontrados em produtos clareadores, antiacne e anti-idade, são alguns dos que estão na mira. “O ideal é que o retinoico, por exemplo, seja suspenso três meses antes de a mulher engravidar ou assim que ela descobrir que vai ser mãe, para prevenir malformações”, avisa Coslovsky.

O ginecologista e obstetra José Bento de Souza, dos hospitais Albert Einstein e Maternidade Pró-Matre, em São Paulo, chama a atenção para os ácidos glicólico, em concentrações acima de 10%, e salicílico. “Faltam estudos científicos que garantam a segurança do uso de altas doses de ácido glicólico durante os nove meses. Quanto ao segundo, apesar de não haver pesquisas com humanos, há análises mostrando que ele provoca alterações embrionárias em fetos de ratas em qualquer fase da gestação”, justifica.
Share this game :

Nenhum comentário:

Postar um comentário